domingo, 29 de setembro de 2013

Entrevista de PH Ganso ao Esporte Espetacular

Na manhã desse domingo (29 de Setembro) o meia PH Ganso deu entrevista ao programa Esporte Espetacular.
Segue abaixo a entrevista completa, confira.


GLOBOESPORTE.COM - Após um ano de São Paulo, que avaliação você pode fazerdo seu momento?
Paulo Henrique Ganso - Me sinto muito bem. Quando você joga sem dor, sem preocupação, é a melhor coisa do mundo. Hoje só entro em campo pensando em ajudar o São Paulo. Jogo tranquilo, com a musculatura forte e apenas desenvolvendo o meu futebol.

Então você já jogou com medo?
Ah, sim. Quando sofri aquela sequência de lesões no Santos, era difícil no momento de voltar. O medo de machucar incomodava demais. Cheguei a pensar que era algo psicológico. Afinal, isso não saía da minha cabeça na concentração e nem quando ia para o jogo. Mas tudo passou e agora estou tranquilo.
Qual foi sua reação quando ficou sabendo da contratação do Muricy?
Foi uma alegria muito grande saber que voltaria a trabalhar com ele dentro de um clube no qual ele foi muito vencedor. Também ficou a tristeza pela saída do Paulo Autuori, que foi um dos melhores treinadores com quem trabalhei, apesar de terem sido apenas dois meses.
Após ter trabalhado com ele no Santos, vale fazer a comparação: ele mudou muito?
Acho que ele está mais maduro (risos). O Muricy conquistou muita coisa na carreira e isso dá uma tranquilidade a mais para que ele passa trabalhar e ficar mais calmo com a imprensa (risos).
O que você viu de tão especial no Paulo Autuori?
Ele é um cara que conhece muito. Pedia para o time sempre atuar organizado, independentemente do momento da partida. Mas no futebol é assim, quando os resultados não aparecem, o treinador sempre muda.
E sobre o Ney Franco, o que pode falar?
Ele teve problemas extracampo com alguns jogadores e com a diretoria, o que acabou o tirando do São Paulo. Esses problemas refletiam no campo, o time não vencia e a diretoria acabou mudando o técnico.
Observando o seu campo de participação nas partidas contra Coritiba (comandado por Autuori) e Vasco (comandado por Muricy), é nítida a sua evolução com o atual técnico. Isso tem alguma explicação?
A confiança que o Muricy tem no meu futebol ajuda muito. Isso se reflete a todo instante. Ele me deixa jogar livre, só na hora que precisa ajudar a marcação é que tenho de ocupar espaço para ajudar na recomposição. Com o Muricy, fiquei muito mais à vontade dentro de campo.
Esse crescimento no São Paulo te permite sonhar com a seleção brasileira?
Sem dúvida. Seleção significa o auge do jogador, o momento único na carreira de qualquer um. Tem de tratar com carinho para poder voltar. É a namorada que a gente já teve, perdeu e trabalha duro para reconquistar.
É possível pensar em Copa? Faltam apenas oito meses.
Estou com muita saudade de vestir essa camisa. É possível estar na Copa, o Felipão vem dando oportunidade a todos os jogadores. Mas também tenho de manter o foco no São Paulo, que ainda precisa melhorar no Campeonato Brasileiro.
Você consegue explicar rapidamente a sua saída do Santos?
Houve uma briga entre a diretoria e o Paulo Henrique Ganso. Ficou uma tristeza, afinal cheguei ao Santos aos 15 anos, passei sete, oito anos maravilhosos, conquistei muita coisa. Mas agora é passado e tenho muita felicidade de estar em um clube como o São Paulo.
Em algum momento você chegou a ser ameaçado no Santos?
Não.

Mas o episódio da chuva das moedas e do muro pichado no CT Rei Pelé o magoaram?

Chuva de moeda deixa qualquer um triste. Mas foi algo de momento. Sei o que fiz, da história que construí. Foram muitas coisas boas que ficarão guardadas na mente.






Além de tudo que você fez dentro de campo pelo Santos, ficou marcado também o episódio ocorrido na final do Campeonato Paulista, quando você se recusou a sair de campo quando o técnico Dorival Júnior indicou a substituição.
Sem dúvida, hoje vou te dizer que não repetiria o que fiz. Foi uma decisão de momento, a responsabilidade foi muito grande. Não me arrependi porque deu certo. Mas, se aquele lance do Santo André no fim da partida tivesse entrado (a bola bateu na trave), o mundo tinha caído na minha cabeça e poderia ter mudado a minha carreira.
Falando sobre sua época de Santos, como está a convivência com seu "irmão mais novo", que hoje joga no Barcelona.
Conversamos bastante, toda a semana. O moleque está feliz demais e isso me deixa orgulhoso.
Se dentro de campo, as coisas começam a funcionar, fora das quatro linhas você vive um momento muito especial certo?
Ah, sim, hoje estou casado. Aliás, muito bem casado. A Giovanna é uma pessoa fantástica, veio para completar minha vida e cuidar de mim. Até brinco com todo mundo, se soubesse que casar era tão bom, tinha casado antes.


Qual o objetivo para este segundo semestre?
Conseguir terminar o ano sem lesões e, se possível, com o bicampeonato da Copa Sul-Americana pelo São Paulo.
Você acha que hoje as pessoas que tinham dúvida sobre o seu futebol estão mudando de ideia?
Acho que sim. Quando vim, a dúvida era grande, mas hoje todo mundo está vendo que cheguei para ajudar o São Paulo. Trabalhei muito para isso e ainda falta para chegar ao Paulo Henrique de antes.

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Muricy espera Ganso melhor com mudanças no esquema e no time

Paulo Henrique Ganso vem sendo elogiado pelo crescimento nas últimas partidas, mas ainda não agradou totalmente o técnico Muricy Ramalho. Para enfrentar o Universidad Católica, nesta quinta-feira, às 22h, no Morumbi, pelas oitavas da Copa Sul-Americana, o treinador montou uma formação que visa fazer com que o meio campista cresça de rendimento.
Com a entrada de Douglas no lugar de Jadson, o Tricolor deve começar a partida no esquema 3-5-2. O lateral-direito, assim como Reinaldo, pelo lado esquerdo, terá bastante liberdade para chegar ao campo ofensivo, principalmente por Muricy esperar pelo time chileno retrancado no meio de campo.
– No futebol, você precisa arrumar parcerias. Se tem o Ganso, precisa de jogadores de profundidade e velocidade para passar a bola. Não podemos esperá-lo dentro da área. Para ele, é melhor dar um passe do que fazer um gol – afirmou.
Apesar da evolução em comparação com as exibições durante as passagens de Ney Franco e Paulo Autuori, Paulo Henrique Ganso ainda não é unanimidade no Tricolor. O meio-campista alterna boas e más atuações, mas tem vaga assegurada na equipe de Muricy.
– Acho que o Ganso melhorou a dinâmica de jogo, de participar mais da partida. Ele nunca vai ser um grande roubador de bolas, mas está tentando e passando mais também. Isso é com o tempo e repetindo os companheiros.


sábado, 14 de setembro de 2013

Local onde ficava imagem de Ganso no muro do CT recebe hino do Santos

Após quase um ano que a imagem de Paulo Henrique Ganso foi pichada no muro do CT Rei Pelé, do Santos, o Peixe tem uma nova atração no espaço que estava vago. O hino oficial do clube foi escrito na parede pelo artista plástico Paulo Consentino, idealizador de todo trabalho feito no local.
- A decisão foi pessoal e de um colaborador do projeto, o engenheiro Gustavo de Souza, meu amigo. O hino do Santos tem um significado muito especial e tem, em suas palavras, tudo o que a torcida espera de jogadores e dirigentes. Que o hino seja inspirador aos que vestem a camisa do Santos e aos que o representam fora das quatro linhas. Ele também disse que hoje foi finalizada a imagem do Oberdan, zagueiro da década de 70 - disse Consentino.
O desenho do meia foi destruído no dia 23 de setembro, dois dias após o jogador anunciar a ida para o rival São Paulo. Desde então, o muro foi pintado nas cores do clube, mas sem nada ao centro, onde estava a imagem. Em janeiro, o presidente Odílio Rodrigues cogitou a volta de Ganso ao muro, o que não aconteceu.



Maicon exalta parceria com Ganso e revela ter dado dicas ao “craque”

O volante são-paulino formou dupla muito elogiada com Ganso na vitória por 1 a 0 sobre a Ponte Preta na última quinta-feira e revelou ter dado conselhos para o colega. Segundo o polivalente jogador, o “maestro” precisa voltar a arriscar chutes de fora área, como aconteceu no primeiro tempo do confronto com a Macaca.

“Já falei algumas vezes que o Ganso é craque. Em um espaço pequeno ele consegue achar uma jogada e colocar na cara do gol como aconteceu ontem no gol do Luis Fabiano. Eu mesmo falo que ele tem que chegar mais para finalizar a gol. Ele sabe fazer gol, tem esse forte de tirar do goleiro. Meia tem que fazer gols, não só dar passe para os atacantes”, afirmou.
Maicon também reconhece que poderá crescer de produção ao atuar ao lado de Ganso na equipe titular. Com os antigos treinadores, o meio campista atuava mais recuado, compondo o setor de marcação, mas viu Muricy Ramalho posicioná-lo mais próximo da dupla de ataque e do responsável pela armação das jogadas.
“Muricy me deixou à vontade, sabe onde eu gosto de jogar porque já me enfrentou várias vezes. Ele me deixou mais à frente para trabalhar com o Ganso. A bola saindo bem dos pés dos volantes chega no meio com qualidade e também nos atacantes. Minhas características a maioria das pessoas já conhece, de toque, de armar e segurar ou de repente dar um toque rápido”, analisou o camisa 18, que apenas fez trabalhos regenerativos nesta sexta-feira no CT da Barra Funda.

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Muricy revê Ganso e cobra: 'Ele acha que dar passe é melhor que fazer gol'

Está nas mãos de Muricy Ramalho a missão de fazer Paulo Henrique Ganso jogar em alto nível novamente. Depois de trabalhar com ele no Santos, onde conquistaram a Taça Libertadores de 2011, o treinador o reencontra no Morumbi ainda tentando resgatar o futebol de quando brilhou ao lado de Neymar. Cobrança não faltará.
- Ele sabe organizar o time como ninguém, mas algumas coisas têm de entender e melhorar. Não estou falando isso no São Paulo. Eu falava para ele no Santos. O “10” tem de entrar na área. Ele acha que dar passe é melhor que fazer gol. O Ganso não pode ter esquecido de jogar futebol. É um jogador importante e vamos usá-lo muito – afirmou.
Muricy Ramalho prefere não adiantar se pretende usar Ganso e Jadson juntos na armação das jogadas. Autuori vinha utilizando a dupla no esquema 4-2-3-1, com o ex-santista mais centralizado, enquanto o camisa 10 acabava aberto por um dos lados. O novo comandante quer analisar os primeiros treinamentos para decidir o destino dos dois.
- Tem momentos em que dá para jogar com dois meias, de acordo com o time que tem. No São Paulo, a velocidade é importante para o Ganso meter a bola. Não dá para cravar. Mundialmente, estão jogando com 4-2-3-1. Pode acontecer, mas depende de como o adversário joga, dos atacantes que você tem, se tem um enfiado e outro pelo lado – ressaltou.