sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Maestro do São Paulo tem seis meses para convencer Felipão

As sombras de Ganso


"Cada dia é uma decisão de campeonato.” Para Paulo Henrique Ganso, são mais 160 decisões até 7 de maio de 2014, prazo final para o técnico Luiz Felipe Scolari chamar os 23 jogadores que irão para a Copa. Até lá, haverá apenas mais uma convocação, para o amistoso de 5 de março, contra a África do Sul, em Joanesburgo.
O meia corre contra o tempo. Em um ano de Felipão no comando do time nacional, ele não teve oportunidade. Na história da seleção, poucos jogadores foram lembrados às vésperas do Mundial. Mas Ganso espera. Tem a favor a boa fase técnica, que não enxergava desde 2010, quando foi uma das ausências mais sentidas na África do Sul.
Aos 24 anos, Ganso conseguiu se livrar das oito lesões graves que sofreu no Santos. Incluindo a que teve pouco antes de chegar ao São Paulo, no músculo reto femoral da coxa esquerda, responsável pelo arranque. Na parte tática e técnica, a chegada de Muricy Ramalho ajudou na melhora de desempenho. “O Muricy apenas perguntou se eu estava me sentindo bem pra jogar. Eu falei que sim e ele me passou a confiança que eu precisava, disse que eu era seu jogador”, diz o camisa 8.
Pelo São Paulo, no Brasileiro: mais objetivo, carregou o time nas costas com boas exibiçõesA melhora física e a volta da confiança se refletem nos números. Ganso já jogou 63 partidas até a 36ª rodada do Brasileiro. É o seu recorde de jogos em uma temporada como profissional — no ano passado, ele fez apenas 39. A combatividade no meio-campo também aumentou. Com 63 desarmes, ele é o terceiro maior ladrão de bolas do São Paulo no Brasileiro, atrás de Rodrigo Caio e Douglas.

Confiante, Ganso é outro jogador em campo. Chuta mais de fora da área, embora ainda prefira o passe. Dos seis gols que fez na temporada, três foram assim. Contra a Ponte Preta, no primeiro jogo da semifinal da Sul-Americana, deu uma tacada de sinuca com o pé direito, colocando a bola onde queria — no canto direito, entre a trave e o goleiro Roberto.
A chegada do meia à frente é uma das coisas que Muricy mais cobra. “No treino ele fala, antes do jogo ele fala. ‘Chega para finalizar, entra na área que você vai fazer muitos gols. Arrisca mais de fora da área.’Mas eu gosto mais de dar o passe e deixar o companheiro livre para marcar. É costume, é do DNA. Mas tenho consciência de que, como um meia ofensivo, tenho que marcar mais gols. Estou procurando melhorar nesse aspecto”, afirma. De fato, Ganso serve mais do que é servido: o número de assistências é o dobro do de gols. Foram 12 passes para os companheiros marcarem, o triplo do que deu em 2012.
A evolução de Ganso em números

“A bola o cara não esquece”, afirma Muricy. “Ele está muito comprometido, vibrando. Mesmo quando estava suspenso [contra Corinthians, pelo Brasileiro, e Atlético Nacional-COL, na Sul-Americana], ele foi ao Morumbi apoiar o grupo. O Ganso não é disso, ele gosta de ficar em casa. É um cara tranquilo. Agora ele está diferente, está mais participativo. Ele está vendo uma possibilidade de jogar a Copa.”
CRAQUE CONTRA A APATIA
A última recordação de Ganso na seleção não é das melhores. Em recuperação física depois de uma artroscopia no joelho direito, o meia foi convocado para a Olimpíada de 2012 como titular do meio-campo. Antes de a competição começar, perdeu a posição para Oscar e entrou timidamente nas partidas contra Egito e Lituânia. A comissão técnica, então comandada por Mano Menezes, enxergou apatia no jogador, que abusava de passes laterais e ainda foi diagnosticado com um edema na coxa esquerda. Nunca mais foi convocado. “Eu não estava tão bem fisicamente”, afirma Ganso. “Tinha gente em um nível muito mais alto.”
Na Olimpíada: mal fisicamente, perdeu a posição de titular para Oscar

Ganso, do seu jeito, segue a sua sina de “matar um leão por dia”, como diz. Contra o Botafogo, pelo Brasileiro, matou mais um, em uma inesquecível jogada em que colocou a bola entre as pernas de Julio César e cujo chute caprichosamente bateu na trave. “Tomara que o Felipão tenha visto essa jogada”, torceu Muricy. Na sua conta, foi apenas mais uma das mais de 100 decisões que espera ter até a Copa.

O que resta a todos nós é esperar a decisão do treinador da seleção, e enfim comemorar (ou não) sua(s) escolha(s). 

domingo, 15 de dezembro de 2013

Agora protagonista, Ganso torce por Jadson de novo ao seu lado

O meio-campo do São Paulo ainda não conseguiu ter Paulo Henrique Ganso e Jadson juntos por uma longa sequência. Quem terminou a temporada em alta foi o primeiro, que cresceu muito de produção com Muricy Ramalho, mas ainda acredita na dupla.
"O Jadson tem uma qualidade incrível também. A gente pode, sim, jogar junto, pela qualidade dos dois. Isso ajudaria muito o São Paulo" Maestro 
Os números mostram bem a diferença entre eles principalmente com o treinador atual. Ganso atuou em 21 partidas, balançou a rede duas vezes e deu sete assistências. No mesmo período, Jadson foi a campo apenas 12 vezes (tendo feito um gol e participado de outro) e se lesionou na reta final.
A queda de produção de Jadson abriu espaço para especulações sobre uma possível saída do São Paulo. Com contrato até o final do ano que vem, ele tem mercado no futebol nacional e também do exterior. Mas Ganso torce para que ele continue no clube. E, de preferência, ao seu lado.
"Ele vai fazer uma pré-temporada boa com a gente e vai evoluir, porque tem uma qualidade extraordinária", aposta o atual dono do meio-campo são-paulino, que passou por fase semelhante no início de 2013, quando dirigido por Ney Franco.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Na mira do Milan, Ganso diz: 'Tenho muito a conquistar pelo São Paulo'

O São Paulo inicia o planejamento de 2014 com a possibilidade de negociar alguns de seus principais jogadores. Mesmo com contrato longo, o meia Paulo Henrique Ganso é um dos que pode sair na próxima temporada – o Milan está interessado em contar com o jogador. Sem ligar para as especulações, Ganso espera fazer mais pelo Tricolor na próxima temporada.
Discreto após a derrota por 1 a 0 para o Criciúma, neste domingo, no Heriberto Hulse, o meia disse não saber de propostas da Europa. Admitiu, sim, que tem o sonho de atuar no Velho Continente. Mas quer cumprir seus quatro anos de contrato com o São Paulo.
– Não chegou nada para mim. Tenho muito a conquistar pelo São Paulo, para mim não há chance de sair, isso tem de ser visto com a diretoria. Tenho muita coisa boa para viver aqui – afirmou Ganso.
– O São Paulo me acolheu bem desde minha saída do Santos, espero que em 2014 eu possa conquistar algum título para essa torcida – completou.
Ganso, inclusive, quer mais tempo para voltar a ter uma sequência e exibir seu melhor futebol. Para ele, o ano de 2013 foi irregular, com grandes atuações e momentos de baixa no banco de reservas.
– Espero ter uma boa temporada, pois 2013 não foi muito bom. Comecei no banco, agora termino o ano jogando. Espero estar presente no elenco para ajudar ainda mais. Tenho o sonho de jogar na Europa, mas tenho quatro anos de contrato e estou muito bem aqui – destacou o meia.

domingo, 1 de dezembro de 2013

Ganso: "Aqui, você sempre tem que ganhar títulos"

Chateado com a derrota para o Criciúma, por 1 a 0, no Estádio Heriberto Hulse, o meio-campista Paulo Henrique Ganso quer o time com outra postura na próxima temporada. De acordo com o maestro, logo após o apito final neste domingo (1º de dezembro), o Tricolor tem que entrar forte nas competições de 2014 e conquistar títulos.
"Tenho mais quatro anos de contrato com o São Paulo, e tem muita coisa boa para acontecer em 2014. Aqui, você sempre tem que ganhar títulos, e neste ano não aconteceu. Vamos trabalhar para ano que vem conseguir", afirmou o camisa 8 são-paulino, que já quer ver a reação do time no Campeonato Paulista.
Cabeça de chave do Grupo A, o Tricolor estreará na competição estadual contra o Bragantino, no dia 19 de janeiro. "Queremos fazer um belo Campeonato Paulista, porque as coisas serão diferentes e vamos melhorar muito. Queremos ser campeões", completou o armador. E para começar o ano com o pé direito, Ganso afirma que chegará ainda mais forte na pré-temporada.
"O Muricy me deu confiança e me ajudou bastante. Consegui evoluir e mostrar todo o meu futebol, mas não vou parar por aqui. Vou trabalhar firme na pré-temporada e, quem sabe, chegar até na frente de alguns companheiros. Quero ajudar o clube cada vez mais", finalizou o meio-campista.